sexta-feira, 28 de outubro de 2011

SEGURANÇA NAS PISTA E COMPETIÇÕES OFF-ROAD

Veja os itens de segurança que devem ser seguidos nas competições off-road

O motocross pode ser considerado por muitas pessoas um esporte perigoso, porém, se realizado dentro dos padrões e com as corretas condições, trata-se de uma modalidade desportiva como muitas outras, um esporte radical de risco controlado. No entanto, se for praticado fora dos padrões e regras de segurança estabelecidas, assim como qualquer outra modalidade esportiva, o motocross terá seus riscos amplificados.

Por conta do maior número de acidentes dos últimos tempos, o assunto segurança nas pistas está mais do que nunca em evidência. Cada vez mais provas são realizadas em nosso país. Competições regionais surgem em grande número e a pergunta que fica é: como estes eventos estão sendo realizados? Eles seguem os padrões necessários para garantir a segurança dos pilotos e até mesmo do público presente?

Tornar todos os eventos motociclísticos seguros é um desafio gigantesco para um país de proporções maiores ainda, mas que com o comprometimento de todos os envolvidos no esporte, especialmente dos próprios pilotos, que podem fazer o trabalho de fiscalizadores dos eventos, é possível.

Levando todos esses fatores em consideração, conversamos com Marlon Olsen, diretor técnico da Associação Brasileira de Pilotos de Motociclismo Esportivo (ABPMX), que relacionou aos pilotos e promotores de provas de motocross e supercross as recomendações que devem ser seguidas nos eventos fora de estrada.

"Enumeramos os principais pontos que devem ser verificados e fiscalizados pelos pilotos e promotores na realização de provas de motocross e supercross, lembrando que toda prova deve ter a supervisão e homologação de uma entidade esportiva responsável pela modalidade, devidamente regularizada e legalmente constituída, que é obrigada a ter uma pessoa com conhecimento técnico para fiscalizar o evento, no caso de emitir o respectivo alvará de prova", explica Olsen.

Principais itens a serem fiscalizados:


1) Saber se o projeto do motódromo e a construção do circuito foi feito por um profissional da área (prevendo comprimento mínimo, drenagem, área de público, boxes, cercas, secretaria, estacionamento, traçado circuito, área de largada, entrada do circuito, pit stop, pista de rolamento externa para ambulância e pessoal de serviço).

2) Verificar as cercas de isolamento da pista e público, que devem ser em tela metálica ou arame liso (mínimo cinco fios) com palanques (mínimo 1,5m) que devem estar fixados para o lado de fora do circuito e no mínimo com seis metros de distância do traçado da pista.

3) Se a pista tem a largura mínima necessária (seis a oito metros), se os obstáculos estão com a angulação dentro dos padrões de segurança, e se estão com o mesmo padrão de acabamento de um lado ao outro do salto.

4) Se a prova dispõe de uma UTI Móvel, equipada com todos os equipamentos necessários para realizar intervenções como traqueotomia, entubação, desfibrilador cardíaco, imobilizações de coluna, membros superiores e inferiores, se possui médico responsável e equipe de socorristas.

5) Se a prova conta com uma equipe de maqueiros e se o hospital local foi avisado sobre o evento (para um rápido atendimento em caso de acidentes). Se o hospital mais próximo for longe da pista, é necessário que se tenha mais uma UTI Móvel equipada no evento.

6) Verificar se os sinalizadores (bandeirinhas), estão em número suficiente, se estão devidamente orientados e treinados por uma pessoa responsável pela sinalização. Se são maiores de 18 anos e se estão na pista em local seguro, fora da área de escape das motos.

7) Se existem máquinas à disposição para manutenção da pista durante o evento, e quem é a pessoa responsável pelo trabalho. É necessário no mínimo uma carregadeira, grades e caminhões de água à disposição durante todo o evento. Quanto maior e mais seca a pista, maior o número de caminhões de água para mantê-la úmida. Nunca molhar demais em cima das áreas duras e na entrada e na recepção dos saltos.

"Com o comprometimento de todos os pilotos, fiscalizando as provas realizadas pelo Brasil, conseguiremos evitar muitos acidentes e minimizar o risco que envolve o nosso esporte. No site da ABPMX, temos a disposição os relatórios de algumas etapas dos Campeonatos Brasileiros de Motocross, que podem ser tomados como exemplo para fiscalização das provas. Qualquer problema ou denúncia de negligência por parte dos organizadores de provas, os pilotos podem encaminhar ao e-mail abpmx@abpmx.com.br, que buscaremos tomar as providências legais necessárias", explica o diretor técnico da ABPMX.

Primeira reunião da Comissão de Motocross e Supercross da CBM

"Informamos a todos os pilotos, que a ABPMX é integrante da Comissão de Motocross e Supercross da CBM, que têm como objetivo nortear todos os trabalhos e ações da entidade em relação a essas modalidades. A posse e primeira reunião da nova comissão será realizada em Nova Alvorada do Sul (MS), durante a realização da etapa do Campeonato Brasileiro de Motocross. Dessa forma, a ABPMX solicita a todos os pilotos, que enviem as suas sugestões sobre essas modalidades, inclusive sobre possíveis alterações no regulamento das mesmas. As sugestões devem ser enviadas para o e-mail abpmx@abpmx.com.br".

Swian Zanoni

"A ABPMX - Associação Brasileira de Pilotos de Motociclismo Esportivo, expressa os seus mais sinceros sentimentos aos amigos e familiares do piloto Swian Zanoni, que nos deixou precocemente de maneira tão trágica, deixando uma lacuna em nosso esporte que jamais será preenchida. Swian não representava apenas o nosso país no Mundial de Motocross, representava a esperança e a paixão de um país pelo motociclismo, e a prova de que sonhos existem para serem realizados.

Com humildade, trabalho, perseverança e muita fé em Deus, esse menino que iniciou cedo no esporte, se tornou um dos melhores pilotos de motocross do mundo, mostrando como é possível chegar a essa posição fazendo amigos, sem passar por cima de tudo e de todos. Onde quer que ele esteja, com certeza estará olhando pelos seus familiars e pelo esporte que tanto amou e se dedicou".

Marlon Olsen - Diretor Técnico ABPMX - marlonolsen@hotmail.com 


FONTE: www.motox.com.br

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